Paralelamente ao aumento de condições e possibilidades de se viver mais e melhor, as pessoas parecem estar experimentando a presença de uma insatisfação: a sensação de que algo está faltando, mesmo quando tudo ocorre como desejado. Lembro de um filme que assisti chamado “Dr. T e as Mulheres” em que a esposa do protagonista desenvolve um transtorno psicológico raro causado por excesso de amor recebido: a vida dela era perfeita demais e ela não tinha mais o que desejar, foi a explicação dada pelos médicos.
Esperar que o sentimento de satisfação venha de fora é um meio certo de se encontrar a frustração; a espera só pode acabar quando se resolve procurar – e se encontra – o sentimento dentro de si mesmo.
O primeiro passo nesse caminho é mudar o foco sobre aquilo que você tem. Observar mais o que há de bom, para agradecer e desfrutar, aqui e agora. Quem vive reclamando aumenta e prolonga aquilo de que gostaria de se livrar. Se algo te incomoda, porque você lhe dá tanta importância? Enquanto resmunga, perde de escutar a música que gosta tocando, que poderia estar lhe fazendo cantar e até dançar. Você sabe, quem canta seus males espanta! E exercícios físicos estimulam a produção de hormônios de bem-estar.
Todas as situações têm seus lados positivos e seus lados negativos, os dois estão ali, é você quem escolhe pra onde olhar. Quando você não espera perfeição do lado de fora e faz prevalecer a compreensão do lado de dentro, você encontra serenidade suficiente para estar satisfeito. Quem você é torna o que você tem suficiente para você estar bem. Você é suficiente. Você é.
Texto de Camila Sousa de Almeida - psicóloga
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